Manifesto:
O rural e a floresta, um ano depois do fogo.
O que foi feito e o que ainda falta fazer…
1. O que mudou para melhor
- A perceção dos incêndios como um risco social;
- A perceção da relação entre o risco de incêndio e o êxodo rural e agrícola;
- A maior disponibilidade dos cidadãos no sentido de contribuírem para a reparação e prevenção dos danos provocados pelos incêndios;
- Uma maior atenção à prevenção;
- Uma maior atenção à necessidade de cooperação e de coordenação;
- Uma maior atenção à necessidade do envolvimento de mais conhecimento técnico e científico.
2. O que ainda falta fazer
- Uma perceção dos incêndios como risco social, mas ainda sem uma orientação da ação coletiva no sentido onde ela é mais necessária;
- Uma perceção da relação entre o risco de incêndio e o êxodo rural e agrícola, mas ainda sem uma perceção adequada das consequências económicas que daí decorrem;
- Uma maior disponibilidade dos cidadãos no sentido de contribuírem para a reparação e prevenção dos danos provocados pelos incêndios, mas ainda sem uma orientação dessa disponibilidade para a mudança social mais necessária nos espaços florestais;
- Uma maior atenção à prevenção, mas, mais uma vez, ainda sem a devida atenção aos instrumentos mais adequados para a promover;
- Uma maior atenção à necessidade de cooperação e de coordenação, mas ainda sem ser dada vez e voz às Organizações de Produtores Florestais e outras organizações da sociedade civil;
- Uma maior atenção à necessidade do envolvimento de mais conhecimento técnico e científico, mas ainda sem a devida atenção à socio-economia dos incêndios.
3. Balanço, um ano depois
O balanço, um ano depois dos grandes incêndios de 2017, pode ser resumido desta forma:
(i) Muita ênfase, por partes dos agentes políticos e da sociedade civil na reparação dos danos e na identificação e combate às causas mais próximas desses incêndios;
(ii) Muito poucos esforços efetivos na prevenção e no combate aos fatores mais profundos que contribuem para esses incêndios.
As mudanças positivas ocorridas ao longo deste ano, em vários domínios, não tiveram ainda a configuração e a força necessárias para reequilibrar este balanço.
Coimbra, 15 de outubro de 2018
Para um desenvolvimento mais detalhado deste manifesto siga o link abaixo:
manifesto_o_rural_e_a_floresta_um_ano_depois.pdf | |
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